sexta-feira, 27 de agosto de 2010

The Invisible Japanese Gentlemen (Graham Greene)




Acho que nunca me diverti tanto traduzindo textos literários. Para mim ainda é muito difícil traduzir poesia, mas acho que com muita prática e dedicação eu ainda chego lá.

O interessante em traduzir textos literários é que dá para se descobrir um mundo infinito em si mesmo. Perspectivas totalmente diferentes, graus de dificuldade que variam muito e assuntos relevantes e interessantes também. É claro que nem sempre se dá para escolher o que será traduzido. E aprendi a respeitar essa não-opção-de-tradução. Nunca escolheria para traduzir Virginia Woolf. E mordi minha língua. Até comprei um livro dela para entender mais sobre a sua escrita. Essa questão do cotidiano, irrelevante, ordinário é importante para compreendermos uma época e até mesmo mais sobre quem somos.

Tive que traduzir um texto de Graham Greene. A história toda e bem descrita e elaborada e eu ainda não sabia a onde ele queria chegar falando sobre essas pessoas sem nome ao seu redor num bar qualquer. Entendi que muitas vezes quando temos o foco em nós mesmos os senhores japoneses SÃO invisíveis. No entanto, quando deixamos isso de lado, esse egocêntrismo, passamos a observar as peculiaridades de cada indivíduo. Muitos senhores japoneses, italianos, brasileiros e de faixas etárias diferentes passaram na minha vida despercebidos. Às vezes eles tem que passar despercebidos, mas quando os outros observam e veem a vida com outros olhos, isso pode ser uma problemática que estamos nã0-vivendo.


Os Invisíveis Senhores Japoneses

Livros Traduzidos




Um dos grandes desafios para os alunos da tradução é escolher uma obra ainda não traduzida. No meu caso não encontrei um livro que eu gostasse que já não tivesse sido traduzido. Fiquei desapontada porque os meus colegas todos acharam coisas incríveis. Desde textos mais complexos e nada a ver até àqueles que tem a leitura fácil e nos lembra do nosso dia-a-dia.

Decidi traduzir alguma obra de Roald Dahl ainda não sabia exatamente qual. Esse escritor é conhecido pelas suas obras para crianças. A maioria já foi até transformada em filme. A Fantástica Fábrica de Chocolate, Matilda, O Fantástico Sr Raposo e outros tantos são exemplos de sua criatividade voltada para o mundo infantil. Sempre fui fã de A Fantástica Fábrica de Chocolate sempre gostei de livros infanto-juvenis. Também gosto de coisas mais complexas, leitura rebuscada, mas acho que a criança dentro de mim é mais forte do que a adulta que estou me tornando.

Procurei diversos livros da autoria de Dahl e me deparei com um livro de contos que não tinha sido traduzido (pelo menos eu achava isso). Escolhi o conto The Way Up To Heaven que é para adultos e como eu só o conhecia pelo olhar infanto-juvenil, decidi apostar nessa opção. Eu sabia que tinha que traduzir 8.000 caracteres. Então, coloquei no Word e as palavras foram contadas. No total eram 4.600 e pouquinhas palavras. Não percebi que eram palavras. Na minha cabeça eram 4.000 e tantos caracteres até que ontem conversei com uma colega e ela disse que são 8.000 caracteres com espaço. Fui olhar a minha tradução com o original e tenho mais de 35.000 caracteres SEM espaço.

Desesperei-me. Sério. Choque total.

Então, respirei fundo, quase freaked out, e decidi então fazer uma re-tradução de Matilda.

Wish me luck! :)

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

getting ready to translate and compare 'matilda' by roald dahl.