quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Provérbios-Proverbs


Achado não é roubado.

Finders keepers, losers weepers.


Uma mão lava a outra.

Scratch my back and I will scratch yours.



Digas com quem andas e eu te direi quem és.


A man is judged by the company he keeps. 
OR 
Birds of a feather flock together.




Antes pouco do que nada.

Half a loaf is better than none.



A pressa é inimiga da perfeição.


Haste makes waste.





Matar dois coelhos com uma cajadada só.

Kill two birds with one stone.






Beleza não põe a mesa.

Beauty is only skin deep.



Água mole em pedra dura, tanto bate até que fura.

Water dropping day by day wears the hardest rock away.


quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

New name!



O blog mudou de nome! 

Ao invés de ter só uma escritora, pq não duas? :) 

Convidei minha sister para ser parte dessa minha empreitada.  Não se trata de me, mas sim us. :) Então, agora não é mais www.oqueagabiestatraduzindo.blogspot.com .

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Drogas e economia

Translating into Portuguese - Drugs Key to Economic Recovery.





Não há como fugir da verdade. A saúde financeira da União Européia como um todo está terrível, e certos Estados como Grécia, Irlanda, Portugal e Espanha estão fazendo o máximo para prejudicar o sucesso da união. Os governos estão enfrentando sérios déficits orçamentários, enquanto as despesas excedem grandemente os rendimentos. A França decidiu elevar a idade de aposentadoria em dois anos para amenizar a tensão fiscal. Alguns países optaram em pegar emprestado grande somas de dinheiro de instituições internacionais e européias de empréstimo. Muitos já consideraram ou estão considerando cortar gastos de benefícios sociais e postos públicos (obrigando àqueles responsáveis pela crise a pagar é claro que é impensável).

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Política Regulatória e de Crédito - Prociclicalidade em todos os lugares



NÃO é uma boa idéia apelar para a austeridade fiscal em um momento de recessão quando a política monetária é tão impotente como Brad DeLong tem falado, oh, há vários anos. Vamos ampliar este debate sobre prociclicidade além da política fiscal e monetária. Como vimos durante a crise, tanto a política regulatória (paciência) e a política de crédito (injeção de dinheiro e liquidez) podem também ser utilizados para estímulo macroeconômico.

Como eles estão fazendo agora: ainda estimulando? Infelizmente, não. Eles estão mostrando os mesmos sintomas da prociclicidade imperfeita da política fiscal. O sinal mais recente disso foi a decisão precipitada feita pelos negociadores da Câmara e do Senado para acabar com o Programa de Alívio de Ativos Problemáticos - Troubled Asset Relief Programme (TARP) - com vigência imediata, para ajudar a pagar a reforma financeira após os senadores republicanos terem bloqueado o imposto bancário inicial de 19 bilhões de doláres. Como era, já era para terem encerrado o TARP em outubro.

Acho que não vamos precisar socorrer ninguém tão cedo, e a autoridade de resolução no plano da reforma financeira parece fazer o TARP desnecessário. No entanto, se o que estamos vendo na Europa é alguma indicação disso, é muito cedo para tirar o bail-out da mesa, e se houver uma segunda etapa para esta crise, as chances de conseguir algo como o TARP de passar novamente no Congresso são próximas de zero. Não é uma boa idéia jogar um pneu sobressalente como este fora quando não há perspectiva de conseguir outro.
E a política de regulação? É, também, parece estar indo na direção errada. O projeto de lei Frank Dodd tem muitas boas intenções, o término de regulação pró-cíclica, com suas avaliações de seguro de depósito e os requisitos de capital, por exemplo. Porém, sobre a balança vai impor uma série de novos encargos sobre a origem do empréstimo, e (junto com Basel 3) forçar os bancos a levantar uma grande quantidade de capital adicional. Como a redução do déficit, ambas devem ser feitas, eventualmente, para garantir a estabilidade financeira mas se forem feitas com muita pressa, eles combinam as inclinações preexistentes dos credores a emprestar menos.

Tenho certeza de que o setor bancário está exagerando nesse riscos e os reguladores têm uma margem de manobra de quão rápido eles impõem novas exigências, mas a direção e a predisposição, estão claras: mais capital, antes do que tarde. No entanto, isso não vai ajudar a oferta de crédito, que continua a se contrair.

Texto orginal aqui. :)

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Quotes



"Translation is like a woman. If it is beautiful, it is not faithful. If it is faithful, it is most certainly not beautiful."

Yevgeny Yevtushenko






"The translator's task is  much harder than  that of the original author."

Theodore Savory




"Where literature exists, translation exists. Joined at the hip, they are absolutely inseparable, and, in the long run, what happens to one happens to the other. Despite all the difficulties the two have faced, sometimes separately, usually together, they need and nurture each other, and their long-term relationship, often problematic but always illuminating, will surely continue for as long as they both shall live." 


Edith Grossman





"Translation is not a matter of words only: it is a matter of making intelligible a whole culture." 

Anthony Burgess




"Why is translation so important? Information is power, but the amount of information that is currently inaccessible to the world population is mind-boggling. Much like scientists who discover more each day about the mysteries of the human brain, translation enables us to tap into more of our collective repository of human knowledge." 


Nataly Kelly





"To translate, one must have a style of his own, for otherwise the translation will have no rhythm or nuance, which come from the process of artistically thinking through and molding the sentences; they cannot be reconstituted by piecemeal imitation. The problem of translation is to retreat to a simpler tenor of one's own style and creatively adjust this to one's author."


Paul Goodman


"Traduttore, traditore."

Italian proverb


"Say what we may of the inadequacy of translation, yet the work is and will always be one of the weightiest and worthiest undertakings in the general concerns of the world."

J. W. Goethe




"A great age  of literature is perhaps  always a great age of translations" 

Ezra Pound






domingo, 5 de dezembro de 2010

Mundo da Tradução


É importante para o tradutor ter um grande número de recursos em ambas as línguas (L1 e L2, etc). Por isso, ter sua própria corpora, dicionários, glossários e banco de dados contendo informações adicionais é de extrema relevância.

Outra coisa que muitos tradutores pecam em suas traduções é traduzir tudo ao pé da letra. Construções como: "Paul kicked the ball" podem ser traduzidas palavra-por-palavra para o português como: "Paulo chutou a bola". No entanto, se a frase fosse: "Paul kicked the bucket" não poderia ser traduzida por "Paulo chutou o balde", pois se trata de uma peculiaridade da língua, um provérbio que tem que ser traduzido por "Paulo bateu as botas". "Chutar o balde" tem uma conotação diferente no nosso português. Deve-se examinar o texto e sentir o que o autor quer passar. Muitas vezes o palavra-por-palavra dá certinho, outras vezes nem tanto.

O ofício da tradução é muito solitário. Pode-se traduzir laudas e mais laudas sem ter contato com outros tradutores. A tradução literária exige alguns encontros com revisores e editores, no entanto, o tradutor pode demorar anos para traduzir um livro dependendo do seu tipo de contrato. Para quem não gosta de tradução, mas gosta de usar as línguas que domina, recomendaria tentar outra área. Dentro da tradução temos a interpretação. Essa é a tradução oral que tem outras várias ramificações. É um processo que envolve mais intérpretes e exige que se tenha bons vínculos e habilidade em se comunicar. Outra área que muitos falantes de duas línguas acabam indo é a sala de aula. É uma ótima forma de se comunicar em diferentes níveis de uma língua e exige bom domínio da mesma.

Segundo o SINTRA, Sindicato Nacional dos Tradutores, "a lauda é a redação e composição de textos que equivale exatamente a uma página de texto impresso nos livros. O tamanho da lauda pode variar. Para se saber o tamanho da lauda é preciso saber quantos toques ou caracteres tem cada linha e multiplicar este número pelo número de linhas que vai se usar na página. Nos dias de hoje, utiliza-se, profissionalmente, para traduções e outras finalidades, o papel "tamanho A4". Usando-se o "espaço duplo" para digitar/datilografar, cabem mais ou menos 25 linhas de texto nesta folha de papel. O número de caracteres ou toques vai variar, dependendo do tamanho da letra (ou "fonte")."

sábado, 4 de dezembro de 2010

Problema de tradução no Vaticano





O papa autorizou o uso da camisinha? Causou repercussão no mundo inteiro o anúncio que BENTO XVI, em um livro de entrevistas, considerara “justificável”, em algumas situações, o uso desse método de contracepção artificial. Seria a primeira vez que um papa aceitava, ainda que com ressalvas, algo assim. Em 1968, na encíclica Humanae vitae(Da vida humana), o papa Paulo VI declarou que a Igreja era contrária ao aborto e a qualquer método artificial para evitar a gravidez. O Vaticano, porém, apressou-se a afirmar que não foi bem isso o que Bento XVI quis dizer.

Traduzida do alemão, a frase completa do papa no livro Luz do mundo é aproximadamente a seguinte: “Pode haver casos individuais em que é justificável, como talvez quando um prostituto usa camisinha, em que isso pode ser um primeiro passo rumo à moralização, uma primeira aceitação de responsabilidade no caminho à recuperação da compreensão de que nem tudo é permitido”. Segundo o porta-voz de Bento XVI, reverendo Federico Lombardi, o que o papa quis dizer foi: usar o preservativo para não infectar o parceiro mostra uma boa intenção – o que não quer dizer que a camisinha seja aceitável. A dúvida permaneceu. O papa teria insinuado, então, que pelo menos para prevenir a aids o uso da camisinha é “moralmente justificável”?

Bento XVI foi criticado por religiosos conservadores e progressistas – pelo excesso de ousadia, no caso dos primeiros, e pela falta dela, no dos segundos. Também foi elogiado por conservadores e progressistas – por manter a postura da Igreja em relação à camisinha, segundo aqueles; por ter mostrado flexibilidade e abertura aos novos tempos, na visão destes. Um verdadeiro milagre de retórica.

Outra dúvida surgiu na tradução do alemão para outros idiomas. Bento XVI, que é alemão, usou o termo “ein Prostituierter”, que significa “um prostituto”. Na tradução italiana do L’Osservatore Romano, o jornal oficial do Vaticano, saiu “una prostituta”. Isso gerou ainda mais interpretações – o papa estaria se referindo apenas aos homossexuais? Ou estava apenas dando um exemplo?

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Banco Interamericano de Desenvolvimento

Inter-American Development Bank

Quem somos

Apoiamos o esforço de países latino-americanos e caribenhos que visam reduzir a pobreza e desigualdade. Nosso objetivo é contribuir para o desenvolvimento de forma sustentável e sem danos ao meio ambiente. Fundada em 1959, o BID é a maior instituição financeira de desenvolvimento que financia para a América latina e o Caribe, com um forte comprometimento para alcançar resultados efetivos, aumento da integridade, transparência e responsabilização. Temos um programa de reformas em constante evolução que procura aumentar o impacto do desenvolvimento na região.
Ao mesmo tempo que o BID é um banco comum em muitos aspectos, também somos único em alguns aspectos. Além de empréstimos, também damos subsídios, assistência técnica e conduzimos pesquisas. Nossos acionistas são de 40 países membros, incluindo 26 latino-americanos e caribenhos membros mutuários, que tem a participação majoritária do BID.
Devido a nossa base de acionistas e gestão prudente, o banco se encontra em uma posição financeira sólida. Isso quer dizer que o BID faz empréstimos em mercados internacionais com tarifas competitivas e transfere esse beneficio aos clientes em 26 países latino-americanos e caribenhos.

Doações

As doações são fundos não reembolsáveis oferecidos, no caso do BID, para programas de cooperação técnica. Também há o financiamento de recuperação técnica de recuperação de contingente a ser reembolsado se o programa obtiver um empréstimo do próprio banco ou de outra fonte.
Ao final de 2007, o BID aprovou o total de $2.4 bilhões de dólares em doações. In 2007 alone, IDB funding for non-reimbursable technical cooperation superaram $167 milhões de dólares.

FUMIN

As doações do Fundo Multilateral de Investimento apoiam intervenções focalizadas em pequena escala e lideram novos métodos e agem como um catalisador para maiores reformas. O FUMIN é uma grande fonte de doações na parte assistencial técnica para o setor de desenvolvimento privado na América Latina e Caribe.

Dependendo do escopo do projeto proposto, o FUMIN pode fornecer recursos para organizações do setor público e privado. As instituições do setor privado não devem conter organizações não-governamentais, associações industriais, câmaras de comércio, etc.

Doações de Fundo de Empreendedorismo Social

Através de seu Programa de Empreendimento Social, o BID proporciona empréstimos e doações a organizações privadas e públicas de desenvolvimento a nível local, estadual, provincial ou municipal. Os recursos desse programa podem ser usados para custos iniciais, assistência técnica, investimento em construção, aquisição de equipamentos e materiais, capital de giro ou exploração e/ou de compra e venda.

Doações de Fundos Fiduciários

Os fundos fiduciários que são, geralmente, estabelecidos por um país ou grupo de países confiados ao BID para administrar podem financiar as doações. Essas doações vão principalmente para os países membros que tem menor desenvolvimento relativo, ou seja, países dos Grupo I e II.
Todas organizações públicas e privadas legalmente constituídas são elegíveis para receber recursos de fundos fiduciários, embora alguns fundos limitem seu apoio a determinadas áreas geográficas e setores. Os fundos têm limites diferentes sobre a envergadura de cada projeto.

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Comer é Crer



Desiring God - Jon Bloom
…Ou o Que Jesus Quis Dizer Quando Disse: Todo o Que Come a Minha Carne e Bebe o Meu Sangue Tem a Vida Eterna” (João 6:54)
No dia anterior, Jesus tinha alimentado cinco mil pessoas com alguns pães e peixes. E depois, naquela noite, ele andou quilômetros além do Mar da Galiléia antes de alcançar com seus discípulos que estavam no barco. A multidão que ele alimentou o seguiu até Cafarnaum. Eles sabiam que algo maravilhoso havia acontecido. Na noite passada eles viram Jesus mandar seus discípulos embora no único barco que tinham. E agora, aqui estava ele! Só um milagre para levá-lo até lá tão rápido. Outro motivo para ele ser rei!
Mas bem na hora que o clima estava no ar, Jesus acabou com a ideia. Para os seus fãs adoradores ele disse,
A verdade é que vocês estão me procurando, não porque viram os sinais miraculosos, mas porque comeram os pães e ficaram satisfeitos. Não trabalhem pela comida que se estraga, mas pela comida que permanece para a vida eterna, a qual o Filho do homem lhes dará. Deus, o Pai, nele colocou o seu selo de aprovação (João 6:26-27).
Confuso, eles perguntaram-lhe como eles poderiam trabalhar para agradar a Deus. Ele respondeu-lhes: “A obra de Deus é esta: crer naquele que ele enviou". (v.29, ênfase minha)
(Note: Deus não está procurando por trabalhadores, mas sim por crentes)
Jesus era um herói para aquela multidão, porque ele os alimentou assim como Moises! No entanto, Jesus discerniu que havia algo de muito errado no entusiasmo deles. Estavam entusiasmados em comer o “pão do céu”. E de fato, Jesus veio para lhes dar o pão do céu, mas não aquele tipo de pão. Jesus não veio para dar-lhes comida perecível para seus corpos perecíveis. Ele veio para dar comida não perecível para as almas não perecíveis dos homens.
De forma a revelar a comida que eles realmente queriam, Jesus começou a fazer afirmações que soavam muito estranho. Ele disse-lhes que ele era o verdadeiro pão que desceu do céu que dá vida ao mundo e todo aquele que comer do pão viverá eternamente. Depois disse:Este pão é a minha carne, que eu darei pela vida do mundo". (v.51)
Isso soou muito estranho. Parecia canibalismo. E a multidão recusava aceitar isso, e aí ele os pressionava ainda mais: Eu lhes digo a verdade: Se vocês não comerem a carne do Filho do homem e não beberem o seu sangue, não terão vida em si mesmos. Todo o que come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia. Pois a minha carne é verdadeira comida e o meu sangue é verdadeira bebida (João 6:53-55).
A campanha - “Jesus para Rei” - evaporou. As pessoas iam embora balançando a cabeça. “O homem louco queria que a gente comesse sua carne!” Eles não entenderam nada do que Jesus estava dizendo.
Então, o quê que ele quis dizer? Aqui vão algumas dicas:
o Como você trabalha para o alimento que dura até a vida eterna? Creia em Jesus (v. 27, 29).
o “Eu sou o pão da vida; aquele que vem a mim [em fé] nunca terá fome; aquele que crê em mim nunca terá sede (v. 35).
o Porque a vontade de meu Pai é que todo o que olhar para o Filho e nele crer tenha a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia (v. 40).
o Asseguro-lhes que aquele que crê tem a vida eterna” (v. 47).
Para Jesus comer é crer; beber é crer. Ele promete a vida eternal para aqueles que crêem nele.
Crer no quê? Bem, crer em tudo o que ele diz. Mas, especificamente aqui, crer que sua morte – o quebrar de seu corpo e derramar de seu sangue – paga por completo a punição pelos nossos pecados e que sua justiça perfeita é gratuitamente nos dada em troca da nossa injustiça. É isso que João 3:26 significa. Crer que é assim que nós “comemos” o corpo de Jesus e “bebemos” seu sangue. É precisamente por isso que ele instituiu a Ceia do Senhor – ele não queria que nós esqueçamos do cerne do que cremos sobre ele.
Quando a multidão se ofendeu com suas duras palavras, Jesus disse: “O Espírito dá vida; a carne não produz nada que se aproveite. As palavras que eu lhes disse são espírito e vida. Contudo, há alguns de vocês que não crêem" (vv. 63-64). Algumas das duras palavras do Senhor são feitas para expor a descrença.
Provavelmente Pedro não entendeu completamente o que Jesus quis dizer naquela hora – assim como muitas outras coisas que você não entende por complete, mas Pedro não foi embora. Ao invés disso, ele disse a Jesus: Senhor, para quem iremos? Tu tens as palavras de vida eterna. Nós cremos e sabemos que és o Santo de Deus” (vv. 68-69).
Então, eu e você, imitemos Pedro.

O efeito das drogas

A América Latina é conhecida por sua amabilidade, alegria e festividades. E muitas vezes é o que ela é. No entanto, o que tem se visto ultimamente é o contrário. As drogas acabaram com a amabilidade, a alegria foi substituída pelo medo e as festividades perderam seu lugar para ônibus queimados em cidades como o Rio de Janeiro. Qual é a reação da sociedade a essa situação? Jornalistas de empresas como BBC, the Economist e Frontline escreveram sobre esse assunto.
Oriana Zill e Lowell Bergman procuraram a fundo o porquê de o mercado de drogas ser tão lucrativo. Alguns dos motivos citados por eles no texto Do the Math: Why the Illegal Drug Business is Thriving foram: a facilidade da compra de narcóticos, o número de usuários, a produção de drogas e o comércio das mesmas.
As drogas ilícitas geram bilhões de dólares que são repassados de um lugar para o outro e países latino-americanos como Colômbia e México têm desempenhando um grande papel nesse cenário criminoso. O número de usuários reflete a quantidade de dinheiro gerada por esse sistema sujo. A Cidade de Nova Iorque é palco para esse show; em média 800 mil pessoas gastam 200 dólares em drogas ilícitas em um final de semana. Em um ano, só Nova Iorque gasta em torno de 832 milhões de dólares, mais de um bilhão de reais. Imagine o mesmo nas outras grandes cidades mundo afora. A produção de drogas ilícitas não demanda muito esforço nem conhecimento e por isso elas podem ser facilmente cultivadas e produzidas baixando o preço das mesmas. Um quilo de cocaína processada, por exemplo, quando produzida na Colômbia, pode chegar a 66 mil dólares nos Estados Unidos.
Grande parte do problema ainda está na população. Consumir drogas no final de semana para simplesmente curtir a vida era algo que se fazia muito nos anos 70 e 80, mas parece que a ficha ainda não caiu para os jovens de hoje. Não só nos EUA essa situação se repete. Oriana Zill e Lowell Bergman chamam a atenção para os treze milhões de americanos que usam drogas recreativas (cocaína, ecstasy e maconha) regular ou casualmente e não vêem nenhum problema nisso.
O jornal The Economist retratou em 2009 as atrocidades que estavam acontecendo no Rio. Nos dias 17 e 18 de outubro do ano passado o Brasil e o mundo ficaram pasmados com o que os traficantes fizeram no Rio. Atearam fogo em dez ônibus, assassinaram 25 pessoas e derrubaram um helicóptero da polícia. Apesar de ter aparecido na mídia e a polícia ter contornado e combatido a situação, não colocaram um fim a violência. Quase um ano depois e a tensão voltou colocando o Rio como evidência, não por causa da Copa ou da Olímpiada, mas por causa do medo.
O jornalista da BBC que escreveu o texto sobre o Brasil relatou os acontecimentos recentes no Rio de Janeiro. A violência que se retrata na cidade maravilhosa é assustadora. A polícia militar foi acionada para combater contra essa onda de brutalidade. A população do Rio de Janeiro ficou alarmada com os bloqueios de diversas ruas, arrastões, carros e ônibus sendo queimados e tiroteios constantes. Esses ataques que, provavelmente, foram planejados por traficantes de drogas influentes nas favelas do Rio, tiveram que ser combatidos pela polícia. O que chama a atenção, no entanto, é que há muito tempo a situação nas favelas cariocas está de mal a pior. Foi necessário chegar ao ponto que chegou para as autoridades colocarem um basta.
É visível o efeito das drogas no Rio. O poder que elas tem nas mãos dos traficantes e a violência que elas demonstram contra os usuários e não usuários é absurdo. Para muitos consumir drogas de vez em quando, ou só no final de semana parece não ser nada; entretanto, o dinheiro está indo de uma forma ou de outra para a violência. Um baseado que se compra, uma carreira de cocaína que se cheira contribuiu para a morte de alguém inocente, e para o medo constante de morar sob o domínio de traficantes. Dormir ao som de tiroteios não é gracioso e muito menos agradável como dormir no silêncio. A tensão que envolve o cenário das drogas no Rio não só aflige a população local, mas todo o Brasil. Férias no Rio? Muitos turistas devem ter cancelado suas viagens.

domingo, 7 de novembro de 2010

I Seminário de Pesquisa em Tradução - IL - LET - UnB









I Seminário de Pesquisa em Tradução - IL - LET - UnB

O seminário parece estar muito interessante. Exposição de posters, palestras e discussões relacionadas a tradução. Se você puder ir, não perca. ;)

Às raízes do clássico

Empresas de luxo que eram fiéis às suas raízes não sobreviveram simplesmente a recessão, elas prosperaram.

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A noite do dia 9 de fevereiro não parecia ser ideal para festa. Nova Iorque ficou presa nas garras de um dos invernos mais rigorosos registrados, e a economia estava congelada. No entanto, alguns dos convidados que estavam no Park Avenue Armory, enquanto tomavam champanhe francês e comiam sanduíches de carne Wagyu, pareciam notar isso. Estavam lá para uma festa de gala organizada pela Hermès, empresa francesa de bolsas e moda casa há 173 anos. O pretexto para a festa foi a inauguração do dia seguinte da nova loja Hermès de 278 metros quadrados para homens, em uma casa em formato de jóia na Madison Avenue. Esta será a 24ª loja da empresa nos Estados Unidos junto com as outras 250 no mundo, mas a primeira a ser dedicada exclusivamente aos homens.

Se essa foi a causa ostensiva para um evento de gala, não se sabe, entretanto, a Hermes tinha razões mais profundas para comemorar. A empresa é uma das poucas marcas de luxo que não só resistiu à crise financeira global, mas como também prosperou. A maioria das marcas do mundo da moda caíram no ano passado. De acordo com a Bain & Company, o mercado de luxo caiu pela primeira vez durante esta recessão, caindo 10 por cento nos EUA e 8 por cento no mundo todo em 2009. Porém, a Hermès conseguiu aumentar as vendas em 8,5 por cento, incluindo uma colisão de 11 por cento no último trimestre (e um ganho enorme de 20 por cento nas Américas). Seu segredo? Ao invés de reduzir os preços, seguir a moda, ou se adaptar ao mercado, a Hermès decidiu se concentrar no que faz melhor: produzir clássicos atemporais de alto custo, mas com qualidade impecável do tipo que dura a vida inteira.

Já se pode dizer que é o fim dessa tendência: a experiência da Hermès e algumas outras marcas mostram que a crise não matou o mercado de luxo. Os compradores acabaram de se tornar mais exigentes, "se afastando do consumo conspícuo, logotipos de mercado, e cores vivas", diz o analista do HSBC Erwan Rambourg, em vagas meias verdades. Como Bernard Arnault, presidente da LVMH, que viu as vendas de seu carro-chefe, Louis Vuitton, crescerem em dois dígitos no ano passado, diz: "com a crise, bling-bling é coisa do passado." Em vez disso, houve o que Luca Solca da Sanford C. Bernstein chama de "ação de qualidade", que algumas empresas inteligentes têm aproveitado para voltar ao básico. Mesmo as empresas mais na moda, como Christian Lacroix, têm ido a falência, marcas antigas se mantiveram leais aos seus clientes ao redobrar sua atenção no que fazem melhor: bolsas clássicas e lenços da Hermès, bagagem à moda antiga da Louis Vuitton e casacos inspirados em modelos da I Guerra Mundial da Burberry.

Algo semelhante está acontecendo na indústria hoteleira. Empresas antigas e de confiança, como Ritz-Carlton, estão segurando firme, e empresas asiáticas, como Raffles e Shangri-La, estão se expandindo ao cuidadosamente replicarem seus modelos tradicionais e se encaixarem em novos lugares. No ramo de automóveis, a Bentley, que tem sua linhagem na década de 20, acaba de introduzir um novo modelo superpoderoso que nos leva de volta no tempo até quando o carro acelera. E a indústria da aviação tenta entrar em ação com suas companhias de alta tecnologia trazendo suítes de primeira classe nos ares que soam como os vagões ferroviários da Era Vitoriana e a Idade de ouro em luxuosas as viagens aéreas.

Todas estas empresas parecem ter reconhecido que, durante crises, as pessoas, especialmente as mais ricas, não param de gastar, mas são muito mais conservadoras na hora de comprar. Uma mulher que, durante o boom, poderia ter comprado cinco bolsas caras ao ano pode comprar apenas uma ou duas agora, mas essas são ainda mais suscetíveis a marcas conhecidas pela qualidade e atemporalidade. "As pessoas estão em busca de afirmação," diz Rambourg. Então, elas procuram produtos como as malas da Louis Vuitton, que não são "apenas mais uma bolsa bonita, mas um objeto intrinsecamente precioso, quase uma peça de arte," diz Luca Solca – algo como "um grau de investimento", nas palavras do presidente Tod da Diego Della Valle. Este processo favorece grandes empresas consolidadas que estão fora de moda sazonal. Milton Pedraza, da empresa nova-iorquina de pesquisa de mercado do Luxury Institute, diz que em um momento como este, as empresas bem sucedidas podem estar " na beira da última moda, mas não apostam na marca em todo em algo muito arriscado. As pessoas não vão comprar Versace."

Tendo reconhecido isso, marcas antigas e conhecidas estão fazendo tudo o que podem para enfatizar suas raízes tradicionais. Durante a recente New York Fashion Week, a LVMH, proprietária de Louis Vuitton, uma empresa de 156 anos, mais conhecida por suas malas pesadas, que estão vendendo muito bem mesmo e até as mais novas ofertas de artigos como relógios sofrem – realizou-se um evento denominado "A Arte do Artesanato" para educar os jovens designers modernos sobre a importância de valores antigos, tais como artesanato e domínio das competências tradicionais.

A Hermès, que também tem o seu início como fabricante de freio e sela, enfatiza em seus bens de couro, laços e lenços ultraclássicos com um preço mais na moda. Apesar da nova loja para homens ter tênis de couro na cor vinho e uma luva de beisebol no valor de 8.500 dólares, essas não são realmente o foco. De acordo com Bob Chávez, o CEO da operação americana da Hermès, a maior parte das vendas recentes da empresa veio de seus principais produtos, enquanto as compras de bens mais evanescentes como perfume caíram. Pierre-Alexis Dumas, diretor artístico de 43 anos baseado em Paris, ressalta que o conceito principal da empresa é simples: "O que significa qualidade, e como alcançá-la?" Chávez acrescenta que a empresa também pretende distinguir-se através do serviço." A Hermès não é sobre moda," ele me disse. "Não é nem mesmo uma casa de moda. Somos uma casa de artesanato. Estamos empenhados em fazer produtos que têm uma qualidade duradoura e são muito versáteis", mesmo se isso significar que muitos clientes de longa data visitam as lojas Hermès para reparar bolsas de 20 anos do que comprar novas.

Minha própria experiência com a empresa confirma isso. Enquanto digito, eu tenho um bolso na minha camisa com um pequeno caderno de couro curtido com seixos da Hermès que nitidamente caracteriza os valores que Chávez e Dumas ressaltam. O caderninho foi presente de uma namorada francesa, e me pareceu uma extravagância absurda quando eu o ganhei, eu fiquei chocado ao descobrir o preço, mas depois de quase cinco anos de uso, o caderninho dificilmente mostra algum desgaste (um ponto para qualidade). Enquanto isso, as duas vezes que eu fui a lojas Hermès, uma vez em Nova Iorque e outra ao carro-chefe em Paris na Rue du Faubourg Saint-Honoré, fui surpreendido com a preciosa atenção que recebi, apesar de eu estar para discutir o que é basicamente a coisa mais barata que a empresa oferece (dois pontos pelo serviço).

A Hermès trabalha duro para manter essas virtudes de diversas maneiras. Por um lado, é bastante cautelosa em expansão, ainda que os mercados de luxo cresçam no mundo desenvolvido. A China recentemente tomou o lugar dos Estados Unidos como o segundo maior mercado para bens de luxo depois da Europa, e as vendas da Hermès, subiram em até 29 por cento no ano passado. Mesmo assim, "você não vai encontrar Hermès aqui e ali", disse Chávez. Em segundo lugar, a empresa mantém elevados padrões de serviço, com freqüência de envio de toda a equipe de volta à nave-mãe em Paris para treinamento. E a qualidade dos produtos é assegurada por produzir a maior parte delas na França (assim como Itália e Suíça), uma raridade nesta época de cadeias de fornecimento global. Ao contrário da maioria das outras marcas de luxo, a Hermès também insiste em produzir tudo sozinha, sem licenciados. Isso tem claramente o custo do dinheiro da empresa, por exemplo, recusa-se a entrar no negócio lucrativo de óculos porque não encontrou uma maneira de produzi-los em um padrão aceitável, mas Chávez considera um preço razoável a se pagar.

Mas por quanto tempo? Com o descongelamento das economias ocidentais, os analistas da indústria e executivos de luxo estão se perguntando quanto tempo essa fase anti-tendência vai continuar, e quando, se sempre, bling-bling será devolvido. Marcas famosas por seu brilho continuam a sofrer, mas as vendas da Bulgari caíram em 14 por cento no ano passado. E, pesquisas recentes sobre o impacto psicológico das crises mostram que a queda pode afetar os hábitos de compra de uma geração por décadas.

Dito isto, há duas razões para esperar mais modismo e glamour no nosso futuro. Um deles é o nosso instinto mais básico. Scott Galloway, professor da NYU, de estudos de marketing de luxo, espera que o consumo conspícuo retome logo, assim que as pessoas tiverem dinheiro no bolso novamente. "Enquanto os homens sentem a necessidade de difundir o seu DNA para os quatro cantos da terra, eles vão comprar Porsches", diz ele. "E, enquanto as mulheres procurarem quantas ofertas para acasalamento forem possíveis, elas vão continuar comprando sapatos Manolo Blahnik."

Até mesmo o sex appeal não nos leva de volta a Manhattan, provavelmente, nos levará a Pequim. Os varejistas já estão desfrutando de uma fase de grande expansão em mercados emergentes como China, Índia e Brasil que pouco sofreram com a recessão e tem a classe média emergindo e novos ricos. Embora esses países representem atualmente apenas cerca de 20 por cento do mercado de luxo global, a Bain prevê que, em breve, a mudança de indivíduos para a classe alta nestes países aumente os gastos em luxo de 20 a 35 por cento nos próximos cinco anos. A mensagem para Hermès e outras marcas de luxo, em outras palavras, é que elas não devem vender muitas luvas de beisebol de 8.500 dólares nos Estados Unidos, mas uma bola de futebol no Rio pode ser uma outra história.