sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Política Regulatória e de Crédito - Prociclicalidade em todos os lugares



NÃO é uma boa idéia apelar para a austeridade fiscal em um momento de recessão quando a política monetária é tão impotente como Brad DeLong tem falado, oh, há vários anos. Vamos ampliar este debate sobre prociclicidade além da política fiscal e monetária. Como vimos durante a crise, tanto a política regulatória (paciência) e a política de crédito (injeção de dinheiro e liquidez) podem também ser utilizados para estímulo macroeconômico.

Como eles estão fazendo agora: ainda estimulando? Infelizmente, não. Eles estão mostrando os mesmos sintomas da prociclicidade imperfeita da política fiscal. O sinal mais recente disso foi a decisão precipitada feita pelos negociadores da Câmara e do Senado para acabar com o Programa de Alívio de Ativos Problemáticos - Troubled Asset Relief Programme (TARP) - com vigência imediata, para ajudar a pagar a reforma financeira após os senadores republicanos terem bloqueado o imposto bancário inicial de 19 bilhões de doláres. Como era, já era para terem encerrado o TARP em outubro.

Acho que não vamos precisar socorrer ninguém tão cedo, e a autoridade de resolução no plano da reforma financeira parece fazer o TARP desnecessário. No entanto, se o que estamos vendo na Europa é alguma indicação disso, é muito cedo para tirar o bail-out da mesa, e se houver uma segunda etapa para esta crise, as chances de conseguir algo como o TARP de passar novamente no Congresso são próximas de zero. Não é uma boa idéia jogar um pneu sobressalente como este fora quando não há perspectiva de conseguir outro.
E a política de regulação? É, também, parece estar indo na direção errada. O projeto de lei Frank Dodd tem muitas boas intenções, o término de regulação pró-cíclica, com suas avaliações de seguro de depósito e os requisitos de capital, por exemplo. Porém, sobre a balança vai impor uma série de novos encargos sobre a origem do empréstimo, e (junto com Basel 3) forçar os bancos a levantar uma grande quantidade de capital adicional. Como a redução do déficit, ambas devem ser feitas, eventualmente, para garantir a estabilidade financeira mas se forem feitas com muita pressa, eles combinam as inclinações preexistentes dos credores a emprestar menos.

Tenho certeza de que o setor bancário está exagerando nesse riscos e os reguladores têm uma margem de manobra de quão rápido eles impõem novas exigências, mas a direção e a predisposição, estão claras: mais capital, antes do que tarde. No entanto, isso não vai ajudar a oferta de crédito, que continua a se contrair.

Texto orginal aqui. :)

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