terça-feira, 28 de junho de 2011

Sobre Terminologia

Hello, peeps! Parece que esse blog foi abandonado, né? Bem, ele passou um tempo sem ser cuidado, mas esperamos que logo logo ele volte a funcionar a todo vapor! :)

Escrevi dois resumos sobre a terminologia, unidades terminológicas, termos, LSP de acordo com M. Teresa Cabré (texto base: La terminologia. Teoria, metodologia, aplicaciones).

Espero poder ajudar!


UNIDADE TERMINOLÓGICA


A linguagem especializada apresenta vários determinantes que a tornam artificial ou ‘marcada’. Um desses fatores que a diferencia da linguagem geral é a unidade terminológica.

Dentro da terminologia encontramos os termos. Esses pertencem ao sistema de uma língua determinada (um código ou subcódigo), aparecem em documentos e textos especializados, apresentam critérios pragmáticos e comunicativos e são conhecidos por especialistas de determinadas áreas.

Os termos não são somente palavras. São, na verdade, palavras que tem um contexto especial, uma linguagem específica. Também formam subsistemas específicos estruturados com outras unidades terminológicas de forma intrínseca dentro de um domínio conexo.

A terminologia permite que os termos sejam analisados de três pontos de vista diferentes (i.e. formal, semântico e funcional). O ponto de vista formal revela que os termos são conjuntos fonológicos. Além dos fonemas, os termos podem ser grafados, desta forma, são representados por pequenas partes que são chamadas de morfemas. Outra forma de analisar os termos é do ponto de vista semântico. O referencial revela que os termos são dotados de significados. E por último, o ponto de vista funcional mostra que as unidades terminológicas são a junção de palavras específicas (= termos) e o discurso, formando, assim, um discurso especializado em uma mesma disciplina.

A morfologia e a grafia também estão presentes na terminologia. A primeira se encarrega do significado e é representada pelos morfemas. A grafia é usada para os processos de normatização dos termos. Os termos podem ser classificados como: simples (i.e. um morfema lexical) ou complexos (i.e. mais de um morfema lexical). No entanto, a divisão complexa apresenta outras subdivisões: unidades derivadas (base+afixo), compostas (base+base) e complexas (UTC).

Existem vários tipos de termos de acordo com os pontos de vista da forma, do discurso, significados e precedência. Sob o ponto de vista da forma os termos seguem os critérios de número de morfemas (simples ou complexos), do discurso, segundo a classe, e.g. substantivo, do significado – grandes classes conceituais, e da procedência se são criados (construído) ou tomados (empréstimo).



LSP (Languages for Special Purposes)


A língua não é um sistema homogêneo, segundo Cabré. É na verdade um sistema heterogêneo e complexo que apresenta vários níveis que se relacionam entre si para formar a língua, e é por isso que temos uma gama de usos de palavras e inúmeras possibilidades de sentido na língua.

Além de se analisar as unidades lingüísticas, os tradutores, revisores e/ou editores têm que levar em conta que há vários outros aspectos lingüísticos (e.g. lexemas) que influenciam na transmissão da mensagem.

A temática, o tipo de interlocutor, a intenção do autor e outros aspectos tornam a língua de especialidades ‘marcada’, ou seja, para um uso específico. Isso difere da língua geral a qual apresenta um subconjunto que pode ser entendido por todos, sendo assim ‘sem marcas’.

O texto geral não só carrega propriedades lingüísticas como também pragmáticas. Um texto técnico, por exemplo, da área da geologia, exige uma linguagem específica que permita que a mensagem seja passada aos interlocutores de forma contextualizada e técnica. O nome de uma região, fóssil ou animal é apresentado de uma forma para o público leigo e para o público especializado de outra. O mesmo léxico inserido em outros contextos pode não ter a mesma utilidade, pois não teria o mesmo uso e significado.

Dois pontos de vista sobre a linguagem especializada são apresentados: mistura de vários códigos (ou subcódigos) que seriam representações deste âmbito técnico - cientifico e a as diferenças entre a linguagem comum e especializada dentro da linguagem geral (Cabré: 130). A linguagem especializada pode também ser chamada de artificial pois: conta com um número de signos menor do que a linguagem geral; pode admitir novas entradas, mas de forma controlada; tem disponível inúmeras formas sintáticas, no entanto, só usa uma parte devido a especialização da área.

As linguagens especializadas também podem ser divididas em três partes: código do caráter lingüístico, variações lexicais da linguagem geral e subconjuntos pragmáticos. A primeira é a respeito do âmbito do uso dessas linguagens, quais intenções, ideias que elas procuram passar. Uma segunda vertente acredita que a linguagem especializada seria uma mera variação de vocabulário em um contexto específico, estando ainda dentro da linguagem geral. A terceira parte, entretanto, difere das outras, pois tenta mostrar o resultado da linguagem como um todo.

Apesar de a LSP (language for special purposes) abranger outras noções de especialidade (i.e. científica, técnica e âmbito especializado) ela pode ser compreendida em três pontos: é usada por meio de conjuntos especializados, não é um fenômeno isolado e o seu uso mais importante é para facilitar a comunicação entre interlocutor e leitor dentro de uma área específica.

0 comentários:

Postar um comentário