Por MICHAEL J. de la MERCED e NICK BUNKLEY
Publicado em: 2 de julho de 2010
A General Motors visa lançar uma oferta inicial pública de ações em meados de agosto, dando seu maior passo em direção ao pagamento de suas dívidas ao governo federal, as pessoas envolvidas falaram brevemente sobre esse assunto na sexta-feira passada.
A empresa, que saiu da falência em julho passado, também está a procura de uma linha de crédito de 5 bilhões de doláres, segundo as mesmas pessoas, levando-se em consideração que os termos específicos e os valores que cada banco contribuirá não foram determinados.
Uma oferta em meados de agosto poria a GM no caminho certo para ir publicamente, um prazo que a empresa já estabeleceu como sua própria meta. A fábrica de carros selecionou as empresas Morgan Stanley e JPMorgan Chase como suas principais corretoras para a oferta. O Tesouro americano contratou o banco de investimento Lazard como consultor.
“Não tenho como ter uma data, mas eu acho que esse é um bom ano para fazê-lo se conseguirmos fazer tudo”, disse Whitacre à imprensa no Texas, quinta-feira, segundo a Reuters.
O governo americano e a GM procuram estabelecer uma oferta assim que for viável, apesar de que ambos disseram que a empresa determinará quando a situação irá a público. Com o investimento na rápida falência da GM no ano passado – mais de 50 bilhões de dólares em empréstimos – o Tesouro americano tem aproximadamente 61 por cento das ações da empresa.
O governo gostaria de diminuir significativamente a sua participação e virar um acionista minoritário, e a GM também almeja arrecadar dinheiro, talvez criando uma das maiores ofertas dos últimos anos. O valor estimado da oferta ainda não foi divulgado pela empresa.
Os acertos finais vão depender em parte de como o mercado estiver, e as recentes oscilações (whipsaws) no mercado fizeram com que uma grande oferta seja um tanto quanto arriscada.
“É claro que os nossos acionistas vão querer que tenhamos êxito, então, faremos o melhor para planejar a melhor época para isso”, disse Noreen Pratscher, porta-voz da GM.
Rebecca Lindland, analista do setor automotivo junto à empresa de pesquisa IHS Automotive, afirmou que o acesso ao crédito adicional foi importante para ter certeza de que a GM possa superar quaisquer altos e baixos a caminho da recuperação econômica ou até mesmo ter sua própria revira-volta. Disse ainda que a decisão da companhia Ford Motor de emprestar 23 bilhões de dólares em 2006 impediu que a GM fosse a falência.
"Vimos não é sempre fácil de conseguir capital, e há um nível de fragilidade que todos estão sentindo na economia," disse Lindland. "É uma boa idéia, ter só alguns trocados no bolso de trás, se necessário. Eu vejo isso como um tipo de uma apólice de seguro para eles".
A Sra. Pratscher se recusou a comentar quaisquer negociações que envolvessem os credores. "Proteger o capital de giro é uma coisa prudente a se fazer", disse ela.
Na quinta-feira, as montadoras informaram que as vendas de veículos novos nos Estados Unidos caíram 10 por cento desde maio, levantando preocupações sobre como o mercado estava se recuperando. As vendas da GM foram 12 por cento mais elevadas que há um ano, mas 13 por cento mais baixas que o mês passado.
Apesar disso, os funcionários da GM dizem que a empresa está fazendo grandes progressos. Suas quatro marcas ativas nos Estados Unidos – Chevrolet, Buick, Cadillac e GMC - venderam 12 por cento mais veículos no primeiro semestre de 2010 do que a companhia fez com oito marcas no primeiro semestre de 2009.
Whitacre disse aos analistas em uma reunião nesta semana que a pré-falimentação da GM era "muito complicada" e "paralisada por uma tendência a analisar e pensar de mais até mesmo nas menores decisões".
A capacidade da GM para realizar seus feitos, hoje, é em grande parte resultado da mudança dessa cultura, disse ele.
No mesmo evento, Christopher P. Liddell, Diretor Financeiro (CFO) da GM, estabeleceu metas de eliminação da dívida da companhia para retornar a um "forte investimento na classificação de risco”. Acrescentou também que a GM pode ganhar dinheiro - e assim fez, chegando aos 865 milhões dólares no primeiro trimestre, pela primeira vez desde 2007 - em volumes menores, porque suas operações são muito mais eficientes agora.
"É uma sociedade fundamentalmente diferente em termos de seu ponto de equilíbrio", disse Liddell. "O que há de novo com a GM? Absolutamente tudo".
Por MICHAEL J. de la MERCED e NICK BUNKLEY
Publicado em: 2 de julho de 2010
A General Motors visa lançar uma oferta inicial pública de ações em meados de agosto, dando seu maior passo em direção ao pagamento de suas dívidas ao governo federal, as pessoas envolvidas falaram brevemente sobre esse assunto na sexta-feira passada.
A empresa, que saiu da falência em julho passado, também está a procura de uma linha de crédito de 5 bilhões de doláres, segundo as mesmas pessoas, levando-se em consideração que os termos específicos e os valores que cada banco contribuirá não foram determinados.
Uma oferta em meados de agosto poria a GM no caminho certo para ir publicamente, um prazo que a empresa já estabeleceu como sua própria meta. A fábrica de carros selecionou as empresas Morgan Stanley e JPMorgan Chase como suas principais corretoras para a oferta. O Tesouro americano contratou o banco de investimento Lazard como consultor.
“Não tenho como ter uma data, mas eu acho que esse é um bom ano para fazê-lo se conseguirmos fazer tudo”, disse Whitacre à imprensa no Texas, quinta-feira, segundo a Reuters.
O governo americano e a GM procuram estabelecer uma oferta assim que for viável, apesar de que ambos disseram que a empresa determinará quando a situação irá a público. Com o investimento na rápida falência da GM no ano passado – mais de 50 bilhões de dólares em empréstimos – o Tesouro americano tem aproximadamente 61 por cento das ações da empresa.
O governo gostaria de diminuir significativamente a sua participação e virar um acionista minoritário, e a GM também almeja arrecadar dinheiro, talvez criando uma das maiores ofertas dos últimos anos. O valor estimado da oferta ainda não foi divulgado pela empresa.
Os acertos finais vão depender em parte de como o mercado estiver, e as recentes oscilações (whipsaws) no mercado fizeram com que uma grande oferta seja um tanto quanto arriscada.
“É claro que os nossos acionistas vão querer que tenhamos êxito, então, faremos o melhor para planejar a melhor época para isso”, disse Noreen Pratscher, porta-voz da GM.
Rebecca Lindland, analista do setor automotivo junto à empresa de pesquisa IHS Automotive, afirmou que o acesso ao crédito adicional foi importante para ter certeza de que a GM possa superar quaisquer altos e baixos a caminho da recuperação econômica ou até mesmo ter sua própria revira-volta. Disse ainda que a decisão da companhia Ford Motor de emprestar 23 bilhões de dólares em 2006 impediu que a GM fosse a falência.
"Vimos não é sempre fácil de conseguir capital, e há um nível de fragilidade que todos estão sentindo na economia," disse Lindland. "É uma boa idéia, ter só alguns trocados no bolso de trás, se necessário. Eu vejo isso como um tipo de uma apólice de seguro para eles".
A Sra. Pratscher se recusou a comentar quaisquer negociações que envolvessem os credores. "Proteger o capital de giro é uma coisa prudente a se fazer", disse ela.
Na quinta-feira, as montadoras informaram que as vendas de veículos novos nos Estados Unidos caíram 10 por cento desde maio, levantando preocupações sobre como o mercado estava se recuperando. As vendas da GM foram 12 por cento mais elevadas que há um ano, mas 13 por cento mais baixas que o mês passado.
Apesar disso, os funcionários da GM dizem que a empresa está fazendo grandes progressos. Suas quatro marcas ativas nos Estados Unidos – Chevrolet, Buick, Cadillac e GMC - venderam 12 por cento mais veículos no primeiro semestre de 2010 do que a companhia fez com oito marcas no primeiro semestre de 2009.
Whitacre disse aos analistas em uma reunião nesta semana que a pré-falimentação da GM era "muito complicada" e "paralisada por uma tendência a analisar e pensar de mais até mesmo nas menores decisões".
A capacidade da GM para realizar seus feitos, hoje, é em grande parte resultado da mudança dessa cultura, disse ele.
No mesmo evento, Christopher P. Liddell, Diretor Financeiro (CFO) da GM, estabeleceu metas de eliminação da dívida da companhia para retornar a um "forte investimento na classificação de risco”. Acrescentou também que a GM pode ganhar dinheiro - e assim fez, chegando aos 865 milhões dólares no primeiro trimestre, pela primeira vez desde 2007 - em volumes menores, porque suas operações são muito mais eficientes agora.
"É uma sociedade fundamentalmente diferente em termos de seu ponto de equilíbrio", disse Liddell. "O que há de novo com a GM? Absolutamente tudo".
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